domingo, 29 de novembro de 2015

[Entrevista com o Autor] Wallace Cavalcante

Vamos dar início ao "Entrevista com o Autor" com o amigo, autor e parceiro Wallace Cavalcante.
Wallace tem um número significativo de obras, as quais já tive oportunidade de ler algumas e por ser de uma qualidade ímpar e que creio agradar gregos e troianos, pois esse autor passa de um gênero à outro sem se perder e principalmente mantendo-nos interessados em qual será seu próximo trabalho.
Romance, contos, ficção científica, fantasia, tudo o que se pode imaginar Wallace se aventura para nos proporcionar excelentes horas de leitura.

Wallace Cavalcante é natural de São João do
Meriti/RJ e cursa Letras na UFF.

Que tal conhecermos os livros do Wallace antes de lermos a entrevista? Venha comigo:






UPdA - Oi, é um prazer tê-lo aqui e poder entrevistá-lo. Qual foi o primeiro livro que você leu e quem te mostrou o caminho da leitura?

O primeiro livro que eu li (agora não me lembro ao certo o título), foi algum livro do nosso querido Sherlock Holmes. O incentivo a leitura veio dos meus pais. Quando eu era pequeno e fofo, eu não era o tipo de criança que gostava de ler. Daí, os meus pais começaram a comprar gibis da Turma da Mônica, na esperança de que as figuras me fizessem gostar de ler. Deu certo (risos). Da turma da Mônica eu pulei para os quadrinhos da Marvel e da DC. Depois pulei para os livros. Agradeço aos meus pais por terem me mostrado o maravilhoso mundo da leitura, e ah, é claro, obrigado Mauricio de Sousa.

UPdA - Sabemos que você tem algumas obras, qual foi o seu primeiro livro? E como surgiu o desejo de escrever?

O meu primeiro livro foi um manual de instruções para evangélicos, que durante um tempo eu deixei no Agbook (um site que permite que autores independentes publiquem os seus livros), mas, depois de um tempo, eu tirei o livro. Não existe um motivo claro, só achei que não queria seguir este rumo de literatura. Depois deste, veio O Catador de Latinhas.

UPdA - Todo autor é formador de opinião e tem grande impacto sobre as pessoas que os lê, ao escrever você se preocupa com isso?

Sinceramente, não (risos). Se eu me preocupar com isso eu não escrevo nada. Só espera que os leitores tenham um momento de lazer enquanto leiam os meus livros, e que também se emocionem junto com os meus personagens. Em meio a tantas notícias ruins, creio que o mundo precisa dos escritores mais do que nunca.

UPdA - Você, diferente de muitos autores abrange inúmeros gêneros, como é fazer essa transição, do romance à fantasia pra você?

Eu leio tudo: romance, ficção científica, Thriller, fantasia, etc. Logo, eu também gosto de escrever sobre tudo, sou um autor sem rótulo, e gosto disso. Agora, sobre o processo de desenvolvimento, isto é algo interessante porque cada livro possui um estilo de acordo com o tema abordado, por exemplo: o romance precisa ter harmonia, pois se trata de um romance. Já um livro de ficção científica como Batalha de Neandertais eu procurei empregar uma escrita mais dinâmica, vivaz. Pois eu queria que o livro fosse assim. Enfim, cada livro tem um estilo próprio.

UPdA - Já aconteceu de escrever um livro e ter o receio de não ser bem aceito pelos leitores?

Isso é o que mais acontecia no começo (risos), agora não penso nisso. Prefiro esperar pelo retorno dos leitores, se eles vão ou não gostar de um determinado livro que eu escrevi isso só Deus sabe.

UPdA - Quais autores te influenciam e inspiram? Por que e como?

Um dos autores que mais me influência é Sidney Sheldon, o primeiro livro que eu lide dele foi Corrida Pela Herança, me tornei fã na hora. Já li quase todos os livros dele, incluindo a biografia, que é magnífica, uma lição de vida. Eu estava começando a escrever quando li Corrida Pela Herança e amei o estilo de escrita do Sheldon: dinâmico, envolvente, cômico às vezes. Queria fazer algo parecido nos meus livros, não escrever exatamente igual a ele, mas, escrever de um modo que prendesse a atenção do leitor. Além do Sheldon, também admiro o trabalho do James Patterson, assim como eu, ele também escreve sobre vários temas, e gosto do modo como ele escreve os seus livros (mesmo tendo a ajuda de coautores).

UPdA - Com qual idade você deu início ao universo da escrita? E qual livro foi um desafio escrever?

Comecei a escrever com 23 anos, no final de 2012. Esta é uma pergunta difícil, todo livro é um desafio. Mas... acho que posso citar Os Filhos dos Imortais, o meu primeiro livro de fantasia. Eu criei uma linguagem para os personagens deste livro, a língua dos Imortais. E existe um Universo dentro deste livro, e que irá se expandir em suas continuações. Antes deste, o mais desafiador foi Sem Palavras; Um Romance Quase Impossível. Escrever uma história de amor entre uma cega e um mudo foi um desafio encantador.

UPdA - Nem tudo no mundo literário é totalmente fictício, já se inspirou em alguém ou retratou um fato em algum livro seu?

Todo livro é uma espécie de diário, querendo ou não, você acaba relatando algum acontecimento ou pensamento ocorrido no processo de escrever. Tenho algumas ideias inspiradas em acontecimentos reais que eu quero transformar em ficção, uma delas é a minha irmã que é especial, tem Síndrome de Down. É a alegria da casa.

UPdA - Qual seu livro predileto, refiro-me a um livro que você próprio escreveu. Porque te agrada tanto?

Os Filhos dos Imortais. Este livro tem tudo o que os outros livros que eu escrevi possuem, como: romance, aventura, ação, drama... Eu fico empolgado só de pensar na continuação deste livro.

UPdA - Qual gênero literário realmente te causa mais satisfação ao escrever?

Creio que eu não terei uma resposta clara para esta pergunta (risos). Todos os gêneros me atraem. Tudo depende do gênero que eu quero escrever no momento.

UPdA - Que tal um ping-pong? Responda com uma palavra.
a) um autor: Sidney Sheldon.
b) uma autora: Agatha Christie.
c) uma música: The Power Of Love da Celine Dion.
d) um filme: Interestelar. PS: seria melhor se fosse quais filmes? A lista seria enorme.
e) livro favorito: A Bíblia.


Sem dúvida alguma foi demais entrevistar o Wallace e conhecer um pouquinho mais de como ele chegou até aqui, em breve mais resenhas do livros dele estarão aqui e você pode adquirir seu exemplar e também usufruir de uma leitura maneiríssima, e independente de qual seja seu gênero literário favorito, pois Wallace escreve de tudo. :)
Caso ainda queira saber mais sobre sua trajetória e aí vão os links de sua fanpage e seu espaço na Amazon.


Fanpage Wallace Escritor e Wallace na Amazon


Em breve volto com mais resenhas, entrevistas, dicas, etc...
Beijos!

domingo, 15 de novembro de 2015

[Resenha] A Febre - Megan Abbott

Na Escola Secundária de Dryden, Deenie, Lise e Gabby formam um trio inseparável. Filha do professor de química e irmã de um popular jogador de hóquei da escola, Deenie irradia a vulnerabilidade de uma típica adolescente de 16 anos. Quando Lise sofre uma inexplicável e violenta convulsão no meio de uma aula, ninguém sabe como reagir.
Os boatos começam a se espalhar na mesma velocidade que outras meninas passam a ter desmaios, convulsões e tiques nervosos, deixando os médicos intrigados e os pais apavorados. Os ataques seriam efeito colateral de uma vacina contra HPV?
Envoltos em teorias e especulações, o pânico rapidamente se alastra pela escola e pela cidade, ameaçando a frágil sensação de segurança daquelas pessoas, que não conseguem compreender a causa da doença terrível e misteriosa.

- A trama do livro foi inspirada num acontecimento real, ocorrido no estado de Nova York, em 2012.
- Eleito Livro do Ano pelo Strand Critics Award e apontado entre os finalistas do prestigioso Folio Prize e os melhores do ano da Amazon.
- A produtora da atriz Sarah Jessica Parker vai lançar uma série no canal MTV baseada no livro e produzida por Karen Rosenfelt, de A Menina Que Roubava Livros, O Diabo Veste Prada e Crepúsculo.





2012, Nova York.
Deenie é uma adolescente de 16 anos que vive com seu irmão Eli e seu pai Tom.
Tudo anda bem, até que uma série de crises acometem as garotas do colégio de Deenie, isso inclui suas amigas Lise e Gabby, a pergunta que não quer calar é: O que está causando essas crises avassaladoras em garotas até então, saudáveis?
Os pais se vêem em meio ao desespero, afinal "quem será a próxima?"
A cidade encontra-se em meio ao caos, desespero e descontrole tomam conta das famílias, dos estudantes, dos professores, a mídia enlouquece, mas afinal de contas, qual é a verdade? Seria a vacina contra HPV? Seria algum contágio pela água?
Tudo está fora de lugar, principalmente a vida das garotas envolvidas e daquelas que temem ser as próximas.
Quais são os perigos que acometem as meninas desse município? O governo tem algo com isso?
No decorrer da trama tudo começa a se tornar menos confusa, porém muito, mas muito nebuloso e obscuro, a verdade está onde ninguém, nem eu, nem você poderíamos ter imaginado.
Um suspense que promete e cumpre, com maestria a arte de surpreender o leitor.
Livro que eu recomendo sem pensar duas vezes.
O que Deenie, Lise e Gabby tem em comum vai muito além de serem amigas inseparáveis e estudarem no mesmo colégio, a surpresa te pegará de jeito.

E...para quem adora uma adaptação, A Febre vai virar série de TV! Eba, eba! Saiba mais sobre a adaptação clicando aqui.








sábado, 7 de novembro de 2015

[Resenha] Suicídio - Annie BS

Sinopse Oficial

Sadie é uma garota do ensino médio que sofre de erotomania. Nunca destrate uma pessoa que te ama, na verdade, nunca destrate qualquer pessoa. Você não conhece os problemas pelos quais ela está passando. Às vezes, uma palavra errada na hora errada pode acarretar consequências irreversíveis






Em “Suicídio” a autora Annie BS aborda um tema que por mim era desconhecido até então, a erotomania*.
Sadie tem plena certeza de seu amor por um garoto popular do colégio, dedica-se plenamente ao “namoro” sem importar-se com inúmeros fatores, devido o fato de Sadie ser uma garota com Síndrome Erotomaníaca, embora considere-se perfeitamente bem, o problema em si mora no fato de que sua síndrome consiste exatamente em ter certeza de que seu amor é correspondido, Sadie está certa da reciprocidade de seu sentimento.
Então, um gesto, uma forma de falar, uma situação fora do contexto vivido pela garota, ocasiona uma sucessão de acontecimentos.
O conto, por mais que tenha sido escrito com sutileza, nos faz refletir em como uma palavra, um destrato ao próximo, um ato de desdém tem o poder de levar algo/alguém à um precipício.
Este é um e-conto que mais uma vez Annie soube a hora exata de pôr um fim, por ser tão forte e envolvente, Annie BS nos chama a atenção para uma realidade que talvez esteja tão próxima de nós e com isso nos leva a sentir por nós e pelos outros e nos chama à pensar sobre o peso e poder que as palavras podem ter e tem sobre as pessoas.

ATENÇÃO: *Clique em cima da palavra Erotomania e será redirecionado à seu
significado.